Ministro Lobão havia dito que governo estudava um novo reajuste. Presidente da companhia disse que não comenta falas de ministro.
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse nesta terça-feira (21) que não existe negociação em andamento com o governo para a aprovação de um novo reajuste nos preços dos combustíveis.
"Não, não há nenhuma negociação nesse sentido", afirmou, após cerimônia do Programa Petrobras Esporte & Cidadania.
Em mais de uma oportunidade, Graça Foster, como prefere ser chamada, afirmou que a estatal buscará uma paridade com os preços internacionais para os valores dos combustíveis vendidos no Brasil.
Embora não haja um prazo definido para novos reajustes, a estatal pretende amenizar os efeitos da defasagem das cotações locais dos combustíveis nos resultados da companhia. A Petrobras tem importado grandes volumes para atender ao mercado interno, o que tem pesado no balanço da empresa.
No início do mês, o ministro da Fazenda Guido Mantega, que é o presidente do Conselho de Administração da Petrobras, disse que não há perspectiva de reajuste "no horizonte", horas depois de o ministro de Minas e Energia Edison Lobão falar que existia a possibilidade de alta dos valores este ano.
Desde que os ministros se pronunciaram, Graça Foster não havia comentado publicamente o tema.
Questionada sobre a afirmação de Lobão, a executiva disse que não comenta falas de ministros.
Redução da Cide
O aumento que foi dado no preço da gasolina em junho, de 7,8%, não chegou ao consumidor em função da redução da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), mas ele não compensa a defasagem que a Petrobras tem em relação aos preços internacionais.
Um novo aumento na gasolina agora acabaria tendo efeito no preços nas bombas e, por consequência, na inflação, considerando que a Cide foi zerada.
A defasagem dos preços dos combustíveis foi apontada como um dos motivos, mas não o principal, para o prejuízo registrado pela estatal no segundo trimestre, o primeiro em mais de 13 anos.
Neste ano já foram realizados dois reajustes do diesel, de 4% e 6% nos meses de junho e julho, além da correção nos valores da gasolina.
No entanto, esses reajustes não foram repassados ao consumidor, à exceção de parte da segunda alta do diesel.
Fonte: G1 - com informações da Reuters e do Valor Online
Foto: Google
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