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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Petrobras diz que não existe negociação para alta de combustível




Ministro Lobão havia dito que governo estudava um novo reajuste. Presidente da companhia disse que não comenta falas de ministro.


A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse nesta terça-feira (21) que não existe negociação em andamento com o governo para a aprovação de um novo reajuste nos preços dos combustíveis.

"Não, não há nenhuma negociação nesse sentido", afirmou, após cerimônia do Programa Petrobras Esporte & Cidadania.

Em mais de uma oportunidade, Graça Foster, como prefere ser chamada, afirmou que a estatal buscará uma paridade com os preços internacionais para os valores dos combustíveis vendidos no Brasil.

Embora não haja um prazo definido para novos reajustes, a estatal pretende amenizar os efeitos da defasagem das cotações locais dos combustíveis nos resultados da companhia. A Petrobras tem importado grandes volumes para atender ao mercado interno, o que tem pesado no balanço da empresa.

No início do mês, o ministro da Fazenda Guido Mantega, que é o presidente do Conselho de Administração da Petrobras, disse que não há perspectiva de reajuste "no horizonte", horas depois de o ministro de Minas e Energia Edison Lobão falar que existia a possibilidade de alta dos valores este ano.

Desde que os ministros se pronunciaram, Graça Foster não havia comentado publicamente o tema.

Questionada sobre a afirmação de Lobão, a executiva disse que não comenta falas de ministros.

Redução da Cide

O aumento que foi dado no preço da gasolina em junho, de 7,8%, não chegou ao consumidor em função da redução da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), mas ele não compensa a defasagem que a Petrobras tem em relação aos preços internacionais.

Um novo aumento na gasolina agora acabaria tendo efeito no preços nas bombas e, por consequência, na inflação, considerando que a Cide foi zerada.

A defasagem dos preços dos combustíveis foi apontada como um dos motivos, mas não o principal, para o prejuízo registrado pela estatal no segundo trimestre, o primeiro em mais de 13 anos.

Neste ano já foram realizados dois reajustes do diesel, de 4% e 6% nos meses de junho e julho, além da correção nos valores da gasolina.

No entanto, esses reajustes não foram repassados ao consumidor, à exceção de parte da segunda alta do diesel.


Fonte: G1 - com informações da Reuters e do Valor Online
Foto: Google

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