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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Carro parado exige manutenção redobrada

Um veículo que fica parado na garagem a semana inteira para rodar só no fim de semana exige manutenção mais frequente do que aquele que é usado todo dia. Segundo o mecânico Luciano Teixeira de Oliveira, a demora para gastar o tanque cheio de combustível ou para atingir a quilometragem prevista para a próxima troca de óleo pode virar um receituário de problemas. Ele avalia que um carro parado por muito tempo pode provocar o entupimento dos bicos injetores, defeitos na bobina, na injeção eletrônica (hoje conhecida como TBI), ressecamento da mangueira de combustível, além de atrair mais impurezas para o filtro de ar.


No caso específico da gasolina que repousa no tanque de veículos parados durante muito tempo, o mecânico diz que o combustível envelhece, prejudicando os mecanismos do veículo. “A recomendação, em casos como esse, é não encher o tanque na hora de abastecer. A gasolina, se ficar por muito tempo dentro do tanque, perde suas características e pode gerar o entupimento dos bicos”, revela.

Quanto ao óleo do motor, a atenção também deve ser redobrada. Depois de um longo período, se o proprietário não fizer a troca, a substância pode virar uma graxa dentro do motor. “Trocar o óleo na data certa é importantíssimo. Isso ajuda a conservar e lubrificar o motor de forma correta. Muitas pessoas esperam a quilometragem certa para trocar o óleo do motor, entretanto, ele tem duração de, no máximo, cinco meses”, explica Luciano.


A bateria, o escapamento, os pneus e o ar-condicionado também entram na lista de equipamentos que podem ser afetados em carros que têm pouco uso. “No caso da bateria, por exemplo, a cada partida há um desgaste grande, porque força mais o motor. O prejuízo é maior quando a pessoa tira o carro da garagem e acelera de uma vez”, alerta.

O perigo das curtas distâncias

Pior é no caso do veículo que é usado esporadicamente e apenas por curtas distâncias, menos de 10 km ou de 20 minutos. É o chamado efeito padaria. O carro nunca roda o suficiente para o motor esquentar e haver a lubrificação das peças. Eis a razão porque a presença dos chamados motoristas “domingueiros” é frequente na oficina. A chance de um automóvel de pouco uso ser reprovado na inspeção veicular é maior do que a daqueles que rodam todo dia. Isso porque a vistoria obrigatória inclui todos os itens que são comprometidos pela falta de uso. A inspeção vai desde a observação do estado do escapamento até o aproveitamento do combustível.

Manutenção preventiva

No time daqueles que não tiram o olho do item manutenção, o empresário Walace Butler diz que é fundamental não esperar que o problema ocorra, mantendo cuidados periódicos com o possante. Para ele, que utiliza o carro como ferramenta de trabalho, é essencial a manutenção preventiva. “Nos meus carros, por exemplo, troco o filtro de combustível a cada 10 mil quilômetros. Não ando com um carro sem que esteja em perfeita condições”, ressalta o empresário. “A manutenção você tem que se antecipar a ela, para que não se tenha maiores problemas”, finaliza.




Fonte: Francisco Leão / Jornal Atual

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