Dar “croques” no casco, procurar belos grafismos e os menores preços
estão longe de ser os procedimentos ideais para escolher o capacete.
Segundo especialistas, é preciso checar se o produto tem o selo do
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(Inmetro) e conferir a qualidade de componentes, como viseira e cinta.
Para certificar o capacete, o Inmetro credencia empresas que
realizarão os testes. Também fiscaliza as lojas para checar se os
produtos têm o selo.
Quando um modelo é lançado, são avaliadas 40 unidades – 30 em testes
de impacto. Há ensaios dos sistemas de retenção (cinta que prende o
capacete ao queixo) e descalçamento, em que um gancho puxa o capacete
para aferir a firmeza na cabeça do usuário.
O casco também é avaliado e deve resistir sem romper quando prensado.
Em relação à validade, algumas fabricantes estabelecem três anos a
partir da data de fabricação; outros, da compra. E há as que indiquem
seus produtos como não perecíveis.
Na prática, de acordo com o designer de produtos da IRA – fabricante
de peças e acessórios para motos e roupas para motociclistas –, Alisson
Zeni, conforto deve ser a prioridade. “O capacete precisa ser justo, mas
sem machucar o usuário. Na forração, o contorno tem de ser acolchoado
ou com pequenos furos, para a pele respirar. A viseira deve ter
espessura mínima de 2 mm e as fivelas têm de ser de metal.” Ele explica
que com o tato só é possível conferir se não há emendas no casco.
O diretor da Associação Brasileira da Medicina do Tráfego (Abramet),
Dirceu Rodrigues Alves Junior, recomenda que o piloto evite os capacetes
abertos (sem queixeira e viseira). O médico lembra que, mesmo sendo
permitidos por lei, em caso de acidente esses modelos oferecem maior
risco de fraturas faciais, que são de difícil recuperação. “E os óculos
só protegem os olhos”, diz.
Fonte: Marcelo Fenerich / Estadao.com.br
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