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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

PI - A tragédia no trânsito: PI tem um impacto econômico de mais de R$ 500 mi

O Governo do Estado divulgou informações dando conta que os acidentes com veículos automotores no Piauí têm um impacto econômico de mais de R$ 500 milhões por ano. Um quinto desse impacto refere-se aos gastos com saúde resultantes dos acidentes que superlotam os hospitais em todo o Estado. Em 2010, o Piauí registrou 23 mil acidentes, com mais de 6.100 vítimas, sendo 810 fatais.


A pesquisa, realizada pela Fundação Cepro, em parceria com a Coordenadoria de Comunicação, foi solicitada pelo próprio governador Wilson Martins, preocupado com o que chama de "epidemia de mortes" nas ruas e estradas do Piauí. De fato, esse é um fenômeno nacional, mas que apresenta quadro mais grave no Nordeste e no Piauí, como mostrou reportagem do Fantástico, domingo passado.

A pesquisa usou metodologia aplicada pelo Denatran. Segundo foi apurado, em 2010, o impacto econômico com saúde gerado pelos acidentes chegou a quase R$ 110 milhões. A situação mais dramática se refere às motos, responsáveis pelo maior número de acidentes e de vítimas.

Outro dado que chama atenção na pesquisa Cepro/CCom é o efeito dos acidentes no interior. Segundo a pesquisa, a média de mortes por acidentes é quatro vezes maior que na capital. Fica patente ainda no levantamento o baixo uso de equipamentos básicos de segurança, como o capacete. Também o uso de bebida alcoólica contribuiu em grande medida para os acidentes.

O Governo do Estado não divulgou - e nem era de se esperar que o fizesse - que ele próprio tem uma participação significativa nessa tragédia do trânsito. A história é simples: o próprio governo empurra para a ilegalidade e para a morte a esmagadora maioria dos motociclistas. O emplacamento de uma moto chega a custar 10% do seu valor. A habilitação de um motociclista custa R$ 1.200, ou seja, em torno de 20% do valor da moto.

Com um desembolso de R$ 100 ao mês, pode-se comprar uma moto, mas não se pode pagar as despesas do emplacamento e da habilitação. Como não há fiscalização, o resultado é o que se vê por aí diariamente, nos hospitais e nos cemitérios.


Fonte: 180graus
Zózimo Tavares
17-01-12

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