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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

2012: a gasolina vai imperar no segmento dos combustíveis, aponta Sindicom

E o ano será marcado pela entrada do S50 e Arla 32, solução de ureia que deverá ser fornecida aos veículos com tecnologia Euro 5, o diesel menos poluente. 

O presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, afirmou em entrevista coletiva no dia 19 de dezembro (segunda-feira), que 2012 será um ano com demanda predominante por gasolina, sem grandes alterações de preços. Com atenção especial para o mês de junho quando termina o prazo de redução da alíquota da Cide aplicada pelo Governo Federal sobre a gasolina e o diesel nas refinarias. 

“O mercado consumiu em 2011, 110,4 bilhões de litros de combustíveis, uma variação positiva de 2,8% sobre o ano anterior, que, por sua vez, cresceu 8,7% sobre 2009”, frisa o executivo.

Etanol x gasolina-O consumo de gasolina foi de 32% em 2011, ante 2010 com 46,7% do diesel, de 9,8% de etanol e de 1,8% de GNV, querosenes 6,4%, óleo combustível 3,4%. Alísio chama a reflexão pela falta de capacidade do setor de etanol aliada ao plano do Governo de estimular o consumo,. O combustível teve crescimento até 2009, mas foi perdendo espaço para os combustíveis fósseis. Quanto à Resolução 67 da ANP, que indica a contratação de estoques mínimos, pelas distribuidoras, durante a entressafra, “as empresas já praticam este exercício”, diz Alisio. 

Diesel S50-Às vésperas da entrada em vigor do novo diesel menos poluente, a Agência Nacional de Petróleo, Gas Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou à rede de postos do País que destaque três mil estabelecimentos com tanques específicos para a revenda do novo combustível. O Sindicom, no entanto, informou que estarão prontos para receber o S50 e o Arla 32 - solução de ureia que deverá ser fornecida aos veículos com tecnologia Euro 5, com cerca de 1.200 postos, que estarão disponíveis em janeiro, e mais 1.500, no mês seguinte. “A quantidade de postos disponível com o novo produto será mais do que suficiente para atender a demanda”, o não cumprimento da resolução, não colocará em risco o atendimento da demanda esperada”,frisa Alisio. 

“A venda de veículos Euro 5 em 1º de janeiro "não vai acontecer", as montadoras ainda acumulam veículos Euro 3 nos seus pátios, portanto, tecnologia anterior ao Euro 5, e as montadoras têm até 31 de março para comercializar todo o seu estoque com as concessionárias”, lembra o executivo. 

Desafios-Segundo Vaz, a expectativa é de que o diesel S50 fique entre R$ 0,06 a R$ 0,08 mais caro que o S500 - diesel com 500 partes de enxofre por milhão de particulados, atualmente vendido no país -, que custa R$ 1,20 nas refinarias, sem os impostos. “Para o consumidor final, por questões logísticas [a concentração da produção ainda está nas regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil, cerca de 65%], ainda não funciona a agricultura familiar para a diferenciação de matéria-prima, a concentração está na soja que chega a fornecer mais de 80%. Por conta desse e outros fatores, o preço poderá ficar entre R$ 0,08 e R$ 0,13 mais caro por litro, e ainda há no segmento temores entre os donos de postos, sobre a disponibilização de um tanque exclusivo para o S50, as vendas não deverão ser tão grandes nos primeiros meses do ano, e a preocupa-se com a degradação do combustível estocado”, alerta.


Fonte: revistafator.com.br

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