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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Combustível adulterado pode comprometer o funcionamento do catalisador

A má qualidade do combustível pode provocar o derretimento da cerâmica do catalisador e acusar danos ao motor do veículo.


Combustível adulterado é um problema que afeta 40% dos donos de veículos, segundo pesquisa da Cinau – Central de Inteligência Automotiva, do Grupo Oficina Brasil e do portal i-Carros que contou com a participação de 2 mil reparadores e 2,5 milhões de donos de motoristas de carros.

Entre os componentes que podem ser comprometidos por causa da má qualidade do combustível, está o catalisador, item obrigatório desde 1992 no Brasil que tem como função modificar a composição química dos gases emitidos na atmosfera reduzindo sua toxicidade e contribuindo com a melhoria da qualidade do ar. “A injeção de combustível de má qualidade pode causar o derretimento da cerâmica do catalisador inutilizando-o e inclusive podendo causar danos ao motor”, explica o engenheiro especialista no setor automotivo, Henry Grosskopf.

Para manter o catalisador em boas condições de uso, o engenheiro recomenda fazer manutenção preventiva regularmente em uma oficina de confiança, utilizar sempre o lubrificante indicado pela montadora, combustíveis de boa qualidade, seguir as orientações do manual do fabricante e realizar as revisões periódicas. “Também é importante evitar pancadas e raspões”, comenta Grosskopf.

O dono do carro pode observar alguns indícios de que a peça não está funcionando corretamente, como barulho de algo solto em seu interior que indica que a cerâmica se soltou por deterioração da manta que a envolve ou ainda por raspões, batidas ou pela quantidade de quilômetros rodados.

Com os cuidados necessários, o catalisador pode durar até os 80.000 km (original) e 40.000 km (reposição). Outra dica importante é nunca fazer o carro “pegar no tranco”. “Esta prática pode causar excesso de combustível que vai derreter e soltar a cerâmica do catalisador”, revela o engenheiro.

Essencial para garantir o bom funcionamento do veículo e a preservação do meio ambiente, o catalisador é um item de avaliação na inspeção ambiental veicular da cidade de São Paulo. Formado por uma carcaça metálica com suporte cerâmico e óxido de alumínio contém vários metais nobres ativos. Revestida por uma manta expansiva, essa carcaça veda e faz o isolamento térmico, que tem fixação e proteção mecânica para transformar gases tóxicos (hidrocarbonetos, monóxidos de carbono e óxidos de nitrogênio) em gases inofensivos.

Para dar mais segurança ao consumidor na aquisição de uma peça de qualidade para reposição, desde abril deste ano, é obrigatória a comercialização de catalisador com o selo do Inmetro.

O consumidor deve exigir a peça com o selo do Inmetro. Para identificar, basta observar se o selo do Inmetro está gravado na peça ou estampado em embalagens de papelão. O centro automotivo e a oficina que estiverem usando peças sem o selo do Inmetro estão sujeitas à apreensão dos produtos e sanções. Quem faz a fiscalização nos estabelecimentos é o IPEM – Instituto de Pesos e Medidas. O consumidor também pode denunciar ao Procon.

O motorista que precisar trocar o catalisador deve procurar uma oficina de confiança e exigir a peça com o selo do Inmetro. No site do Inmetro www.inmetro.gov.br, é possível consultar os fabricantes homologados e que têm o selo de qualidade comprovada.



Fonte: segs.com.br

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