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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

ANFAPE alerta consumidores para compra consciente do carro

A Anfape (Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças) surgiu com o intuito de representar e fortalecer o setor de reposição independente de autopeças no Brasil. Desde a sua constituição, em 2007.
 
 
O Código de Defesa do Consumidor (artigos 6º, incisos II e III) exige de qualquer fornecedor de produtos e serviços que ele preste informações claras e precisas sobre todos os itens que disponibiliza no mercado.
 
Essas exigências são feitas para que o consumidor, efetivamente, realize a compra de modo consciente, isto é, conhecendo todas as informações necessárias sobre o produto, incluindo especificações de qualidade, quantidade, composição, riscos e ainda os custos inerentes como manutenção e reposição.
 
Só o consumidor que conhece plenamente o produto que compra é livre, pois apenas assim pode comparar, de modo justo, todos os concorrentes que lhe aparecem querendo realizar a mesma venda.
 
Sem estar bem informado, ele jamais conseguiria avaliar a relação de custo e benefício do produto que deseja comprar. Um problema que apenas recentemente foi levantado diz respeito às peças de reposição dos automóveis.
 
Há montadoras de veículos que divulgam os valores das manutenções de rotina dos carros, em campanhas do tipo “manutenção com preço certo e hora marcada”.
 
No entanto, não informam, antes da compra do carro, sobre o preço, a disponibilidade e a rede credenciada.
 
É por isso que muitos consumidores são surpreendidos quando sofrem uma pequena batida com o carro, tanto no preço elevado, quanto no tempo de reparo para chegar uma peça.
 
“As montadoras devem propiciar a compra consciente e inteligente. Não basta simplesmente promover campanhas de venda com base em revisões inclusas por determinado tempo. Isso não é o bastante. Também é fundamental transmitir tanto a realidade quanto ao valor, o tempo e a disponibilidade de peças e oficinas, quando houver necessidade de reparos”, diz Roberto Monteiro, superintendente geral da ANFAPE (Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças).
 
O problema é ainda mais sério, na medida em que algumas montadoras também lutam contra a existência das oficinas de confiança dos consumidores e contra as empresas independentes, associadas da ANFAPE, que fornecem para estas oficinas peças similares e com um custo melhor.
 
Algumas montadoras estimulam a compra dos automóveis com preços e benefícios competitivos, apostando em um gigantesco e altamente lucrativo mercado de reposição, onde apenas ela quer atuar. 
 
Trata-se de uma “carta na manga” que guardam para apresentar ao consumidor depois dele ter adquirido o carro. Segundo Roberto Monteiro, mesmo para um carro com dez anos de uso, ou até mais, algumas montadoras impedem a compra de uma peça similar, como se, aliás, originalidade fosse sinônimo de qualidade, e nem sempre é!
 
Além de esconder o jogo, algumas também contam com o otimismo do consumidor, que não necessariamente pensa, na hora, que compra um veículo, novo ou usado, que ele pode provocar ou mesmo sofrer uma colisão um dia, situação na qual será escravo da fornecedora do veículo e obrigado a comprar a lanterna, o para-choque e o retrovisor batidos, nas concessionárias pelo preço que quiserem. Isso sem contar que a peça pode necessitar de substituição por simples desgaste.
 
Neste momento da batida, não haverá mais como o consumidor voltar atrás e desejar ter comprado um carro de uma montadora cujas peças são mais baratas e a escolha pela peça e pelas oficinas independentes seja livre. 
 
Obviamente, depois de bater o carro, também não é possível para o consumidor comprar a peça de reposição de um outro carro, de uma outra montadora para encaixar no veículo.
 
Roberto Monteiro alerta que o preço do carro não é apenas aquele que envolve os custos hoje sabidos. “O valor total do veículo envolve ainda seguro e manutenção, custos omitidos das peças de reposição, além do tempo perdido em concessionárias”. 
 
Portanto, antes de comprar o carro, a ANFAPE estimula o consumidor a perguntar ao seu mecânico de confiança se a fabricante do veículo pretendido permite a existência de fornecedores de peças similares de reposição e de oficinas que não sejam simplesmente aquelas das concessionárias, bem como se o custo praticado por ele para estas peças na média é maior do que da concorrência.
 
 
Fonte: anfape.org.br

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